OS MAIORES CIENTISTAS DO UNIVERSO E SUAS HISTÓRIA

Friedrich Wöhler (Eschersheim/Frankfurt am Main, 31 de julho de 1800Göttingen, 23 de setembro de 1882) foi um pedagogo e químico alemão.1
Apesar de ter estudado em Heidelberg, interessou-se pela química mudando-se para Estocolmo para estudar com o químico sueco Jöns Jacob Berzelius. Em 1836 foi professor de química da Universidade de Göttingen.
Precursor no campo da química orgânica, Wöhler é famoso por sua síntese do composto orgânico ureia. Mediante sua contribuição se demonstrou, ao contrário do pensamento científico da época,1 que um produto dos processos vitais (orgânico) pode ser obtido em laboratório a partir de matéria inorgânica. Também realizou investigações fundamentais sobre o ácido úrico e o azeite de amêndoas amargas, em colaboração com o químico alemão Justus von Liebig.
Além disso, isolou dois elementos químicos:1 o alumínio e o berílio. Descobriu o carbeto de cálcio e a partir deste obteve o acetileno. Também desenvolveu o método para preparar o fósforo, que se utiliza até hoje.
Escreveu vários livros de química orgânica e inorgânica. Wöhler faleceu em Göttingen, em 23 de setembro de 1882. Está sepultado no Stadtfriedhof de Göttingen.

Obras


  • Lehrbuch der Chemie, Dresden, 1825, 4 vols.
  • Grundriss der Anorganischen Chemie, Berlin, 1830.
  • Grundriss der Organischen Chemie, Berlin, 1840.
  • Praktische Übungen der Chemischen Analyse, Berlin, 1854.
Ficheiro:GodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg
Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643Londres, 31 de março de 1727)2 nota 1 foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
Dmitri Mendeleev.jpg
Dmitri Ivanovich Mendeleev, em russo: Дми́трий Ива́нович Менделе́ев,, também grafado Mendeleiev, (Tobolsk, 8 de Fevereiro de 1834São Petersburgo, 2 de Fevereiro de 1907), foi um químico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.

Vida e obra

Dmitri I. Mendeleev nasceu na cidade de Tobolsk na Sibéria. Era o filho caçula de uma família de 17 irmãos. Seu pai, Ivan Pavlovich Mendeleev era diretor da escola de seu povoado, perdeu a visão no mesmo ano de seu nascimento. Como consequência perdeu seu trabalho.
Já que seu pai recebia uma pensão insuficiente, sua mãe Maria Dmitrievna Mendeleeva, passou a dirigir uma fábrica de cristais fundada por seu avô, Pavel Maximovich Sokolov. Na escola, desde cedo destacou-se em Ciências (nem tanto em ortografia). Um cunhado, exilado por motivos políticos e um químico da fábrica inspiraram sua paixão pela ciência.1 Depois da morte de seu pai um incêndio destruiu a fábrica de cristais. Sua mãe decidiu não reconstruir a fábrica mas sim investir suas economias na educação do filho.

Medalha Davy de 1882

Nessa época todos os seus irmãos, exceto uma irmã, já viviam independentemente. Sua mãe então mudou-se com ambos para Moscovo a fim de que ele ingressasse na universidade de Moscovo o que não conseguiu. Talvez devido ao clima político vivido pela Rússia naquele momento a universidade só admitia moscovitas.
Foram então para São Petersburgo, onde a situação era precisamente a mesma, não se admitiam estudantes de outras regiões, porém sua mãe descobriu que o diretor do Instituto Pedagógico Central (principal escola formadora de professores da Rússia da época) era amigo de seu finado marido, portanto, onde a burocracia frustrava, o favoritismo mandava e Dmitri consegue uma vaga.1
O Instituto Pedagógico Central ficava nos mesmos prédios da Universidade de São Petersburgo e tinha em seu quadro docente muitos professores da própria universidade, dentre eles o famoso físico alemão Heinrich Lenz. Interessou-se pela química graças ao prestigiado professor Alexander Voskresenki, que passou seus últimos anos de vida em uma enfermaria devido a um falso diagnóstico de tuberculose.1 Ainda assim graduou-se em 1855 como primeiro de sua classe.
Em 1859 conseguiu uma verba do governo para estudar no exterior por dois anos. Primeiro foi a Paris estudar sob Henri Victor Regnault, um dos maiores experimentalistas europeus da época (consta que Regnault havia feito várias descobertas importantes, como o princípio da conservação de energia, mas seus estudos haviam sido destruídos e Regnault não conseguiu recuperar antes de sua morte).
No ano seguinte, Mendeleev seguiu para a Alemanha estudar com Gustav Kirchhoff e Robert Bunsen, inventores do espectroscópio - importante instrumento para descoberta de novos elementos daquela época - e do até hoje utilizado bico de Bunsen.
O comportamento explosivo de Mendeleev tornou-se sua ruína. Com pouquíssimo tempo de convivência, brigou com Kirchoff e desistiu das aulas, porém, continuou na Alemanha onde residia em um pequeno apartamento que transformou em laboratório. Neste laboratório improvisado, trabalhando sozinho, limitou-se a estudar a dissolução do álcool em água e fez importantes descobertas sobre estruturas atômicas, valência e propriedades dos gases.

Uma versão da tabela periódica de Mendeleev, da primeira edição inglesa do seu livro de texto (1891, baseada na 5.ª edição russa).
Em 1860, pouco antes de voltar à Rússia, participou do 1º Congresso Internacional de Química da Alemanha, em Karlsruhe, onde foi decido por influência do químico italiano Stanislao Cannizzaro que o padrão de abordagem dos elementos químicos seria o peso atômico.
Casa-se pela primeira vez, por pressão da irmã, em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva com a qual teve três filhos um dos quais faleceu. Esta foi uma união infeliz e, em 1871, separaram-se. Casou-se pela segunda vez em 1882 com Ana Ivánovna Popova 26 anos mais jovem. Tiveram quatro filhos. Teve de enfrentar a oposição da família de Ana e o facto de que Feozva negava-se a dar-lhe o divórcio.
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, Dmitri Ivanovich Mendeleev organizou os elementos na forma da tabela periódica actual. Ele criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos.1 Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atômica e as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as em ordem crescente de massas atómicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes. Tinha então acabado de formar a tabela periódica.
Esta tabela de Mendeleev tinha algumas vantagens sobre outras tabelas ou teorias antes apresentadas, mostrando semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A classificação de Mendeleev deixava ainda espaços vazios, prevendo a descoberta de novos elementos.
A tabela de Mendeleev serviu de base para a elaboração da actual tabela periódica, que além de catalogar 118 elementos conhecidos, fornece inúmeras informações sobre o comportamento de cada um.
Mendeleev ordenou os 60 elementos químicos conhecidos de sua época na ordem crescente de peso atômico de certa forma que em uma mesma vertical ficavam os elementos com propriedades químicas semelhantes, constituindo os grupos verticais, ou as chamadas famílias químicas. O trabalho de Mendeleev foi um trabalho audacioso e um exemplo extraordinário de intuição científica. De todos os trabalhos apresentados que tiveram influência na tabela periódica o de Mendeleev teve maior perspicácia.1
Ele foi um cientista que defendeu a origem inorgânica do petróleo.
Cquote1.svg O facto capital para se notar é que o petróleo nasceu nas profundezas da Terra, e é somente lá é que devemos procurar sua origem.2 Cquote2.svg
Dmitri Mendeleiev
Viajou por toda a Europa visitando vários cientistas. Em 1902 foi a Paris e esteve no laboratório do casal Pierre e Marie Curie.
Faleceu, vitimado por uma gripe3 em 1907, já praticamente cego.

Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879Princeton, 18 de abril de 1955) foi um físico teórico alemão, posteriormente radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna (ao lado da mecânica quântica).1 2 Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E = mc2 (que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo"),3 foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por seus serviços à física teórica e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico".4 O efeito fotoelétrico foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
No início de sua carreira, Einstein acreditava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo eletromagnético. Isto o levou ao desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Einstein percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Ele continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fóton da luz. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.5
Einstein estava nos Estados Unidos quando Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha, em 1933, e não voltou para a Alemanha, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Estabeleceu-se então nos Estados Unidos, onde naturalizou-se em 1940.6 Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ajudou a alertar o presidente Franklin D. Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atômica, recomendando aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou ao que se tornaria o Projeto Manhattan. Einstein apoiou as forças aliadas, denunciando no entanto a utilização da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo das armas nucleares. Einstein foi afiliado ao Instituto de Estudos Avançados de Princeton até sua morte em 1955.
Einstein publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas.5 7 Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram a palavra "Einstein" sinônimo de gênio.8 100 físicos renomados elegeram-no, em 1999, o mais memorável físico de todos os tempos.

Marie Curie 
Física, química
Marie Curie c1920.png

Marie Curie ca. 1920

Dados gerais
Nome de nascimento Maria Skłodowska
Nacionalidade Polónia Polonesa, França francesa
Residência Polónia Polônia,  França

Nascimento 7 de Novembro de 1867
Local Varsóvia, Reino da Polônia

Morte 4 de Julho de 1934 (66 anos)
Local Sancellemoz, França
Causa Anemia aplástica

Cônjuge Pierre Curie

Atividade
Campo(s) Física, química
Instituições Sorbonne, ESPCI ParisTech
Alma mater Sorbonne

Orientador(es) Antoine Henri Becquerel
Orientado(s) André-Louis Debierne, Óscar Moreno, Marguerite Catherine Perey
Conhecido(a) por Radioatividade, polônio, rádio

Prêmio(s) Medalha do prêmio Nobel Nobel de Física (1903), Medalha Davy (1903), Medalha Matteucci (1904), Medalha Elliott Cresson (1909), Medalha do prêmio Nobel Nobel de Química (1911)
Assinatura
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Notas Foi a única pessoa a ser contemplada com dois Prêmios Nobel em diferentes categorias científicas (física e química). Linus Pauling também ganhou dois prêmios (física e paz), porém o segundo em categoria não científica.

Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, (Varsóvia, 7 de Novembro de 1867Passy, Sallanches, 4 de Julho de 1934) foi uma cientista polonesa que exerceu a sua actividade profissional na França. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes1 com um Prémio Nobel, de Física, em 1903 (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio2 .

Juventude

Władysław Skłodowski e suas filhas (a partir da esquerda) Maria, Bronisława, Helena, 1890
Maria Sklodowska nasceu na atual capital da Polônia, Varsóvia, em 7 de novembro de 1867, quando essa ainda fazia parte do Império Russo e foi a quinta e mais nova filha de professores bem conhecidos da cidade.3 A família havia perdido suas propriedades e fortunas devido ao envolvimento em levantes patrióticos poloneses que visavam a restauração da independência da Polônia,4 o que condenou Maria e seus irmãos a uma vida difícil.4 Educou-se em pequenas escolas da região de Varsóvia, obtendo um nível básico de formação científica com seu pai, Władysław Skłodowski, 5 que era professor de física e matemática e havia levado instrumentos de laboratório para casa após autoridades russas proibirem este ensino em escolas polonesas.3 Sua mãe, que era católica6 , faleceu quando ela tinha doze anos e a irmã mais velha dois anos depois,3 o que a influenciou a abandonar o catolicismo e se tornar agnóstica.7
Após se graduar no equivalente ao ensino secundário, passou um ano no interior com seus parentes paternos possivelmente devido a uma depressão3 , e após retornou a viver com seu pai na Varsóvia onde foi tutora.8 Impedida de prosseguir com a sua educação de nível superior devido ao fato de ser mulher, ela e a irmã Bronisława se envolveram com a Universidade volante, uma instituição de ensino clandestina com um currículo pró-Polônia que desafiava as autoridades russas e admitia mulheres.8 3
Após combinar com sua irmã apoiá-la financeiramente nos estudos de medicina em Paris, e posteriormente receber o mesmo favor em troca, tornou-se governanta. Primeiro na Varsóvia e depois por dois anos em Szczuki com a família dos Żorawskis, que tinham parentesco com seu pai.8 9 Enquanto trabalhando para esta família se apaixonou por Kazimierz Żorawski, que viria a ser um matemático eminente, mas a família dele rejeitou a idéia do casamento com ela devido a sua condição financeira, o qual Kazimierz não conseguiu se opor.9 O término do relacionamento foi ruim para ambos. Ele tornou-se doutor e seguiu carreira como matemático, vindo a se tornar professor e Reitor da Universidade da Varsóvia.4 Porém, ainda velho se sentava contemplativo diante da estátua de Maria diante do Instituto de Rádio que ela havia fundado em 1932.4 10
No início da década de 1890, Bronisława convidou Maria a morar com ela em Paris, mas ela recusou porque não tinha permissão para prosseguir com seus estudos de nível superior. Levaria ainda um ano e meio para que juntasse os recursos financeiros necessários. Durante todo este período, Maria havia continuado seus estudos de maneira independente lendo livros, trocando cartas e estudando por conta própria. No início de 1889, voltou a morar com seu pai na Varsóvia e continuou trabalhando como governanta até 1891. Ela então começou a receber seu treinamento científico prático no laboratório de química no Museu da Indústria e Agricultura na Krakowskie Przedmieście 66, perto do centro antigo da cidade.3 8 9

Mudança para Paris

At a Warsaw lab, in 1890–91, Maria Skłodowska did her first scientific work.
No final de 1891 mudou para Paris, tendo ido a morar com a irmã e o cunhado antes de alugar um sótão perto do Quartier Latin. Prosseguiu os estudos da física, matemática e química na Universidade de Paris, onde havia se matriculado. Na época, sobrevivia com poucos recursos chegando até a desmariar devido a fome. 11 12 Marie, nome pelo qual viria a ser conhecida na França, estudava de dia e ensina à noite mas conseguindo o suficiente para se manter. Em 1893 concluiu uma graduação em física e começou a trabalhar no laboratório industrial do Professor Gabriel Lippmann. Enquanto isso, continuou com os estudos e com a ajuda de uma bolsa de estudos conseguiu uma segunda graduação em 1894.8 12 [b]

Estudos

Em 1896 Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio, que por ele tinham sido descobertas. Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os materiais que produziam tais radiações, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir ainda mais radiação que o urânio dela extraído)2 . Efetivamente, em 1898 deduziram que haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro do mesmo ano, Maria Skłodowska Curie anunciou a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.
Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos13 . O primeiro foi nomeado polônio, em referência a seu pais nativo, e o outro rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter 0,1 g em 1902. Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Propositalmente, nunca patentearam o processo que desenvolveram. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.
Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, Marie recebeu o Nobel de Física de 1903, "em reconhecimento aos extraordinários resultados obtidos por suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prêmio.

Carreira científica

Diploma do Nobel de Física 1903
Marie Curie conseguiu que seu marido, Pierre Curie, se tornasse chefe do Laboratório de Física da Sorbonne. Doutorou-se em ciências em 1903, e após a morte de Pierre Curie em 1906, em um acidente rodoviário, ela ocupou o seu lugar como professora de Física Geral na Faculdade de Ciências. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também nomeada Diretora do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914.5
Participou da 1ª à 7ª Conferência de Solvay.

Reconhecimento

Oito anos depois, recebeu o Nobel de Química de 1911, «em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, com o descobrimento dos elementos rádio e polônio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento». Com uma atitude generosa, não patenteou o processo de isolamento do rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.
O Nobel da Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou como sócia, após uma votação ganha por Eduard Branly com diferença de apenas um voto.
Foi a primeira pessoa a receber duas vezes o Prêmio Nobel. Linus Pauling repetiu o feito, ganhando o Nobel de Química, em 1954 e o Nobel da Paz em 1962 e tornou-se a única personalidade a ter recebido dois Prémios Nobel não compartilhados. Por outro lado, Marie Curie foi a única pessoa a receber duas vezes o Prémio Nobel, em áreas científicas distintas.13
Em 1906 sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne.2
Depois da morte do seu marido, Marie teve um relacionamento amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, fato que resultando num escândalo jornalístico com referências xenófobas, devido à sua origem polaca.
foto de M. Currie (sentada, da direita para a esquerda, ao lado de H. Poincaré na 1ª Conferência de Solvay (1911) juntamente com outros participantes ilustres; A. Einstein, E. Rutherford.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que faziam uso de material radioativo sem precauções. Visitou também o Brasil, atraída pela fama das águas radioativas de Lindóia,13 hoje conhecida pelo nome de Águas de Lindóia.
Fundou o Instituto do Rádio, em Paris. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934, de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte à morte de Marie.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados à Radioactividade clássica.
Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.
Durante o período da hiperinflação nos anos 90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.
A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem em 1943 ao argumento do filme: "Madame Curie", realizado por Mervyn LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie Curie.
Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie: More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune fille" (1965), além de uma minissérie francesa, "Marie Curie, une femme honorable" (1991).
O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizado em honra do Casal Curie.
FONTE;WIKIPEDIA









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